TRE-MG apresenta iniciativa modelo em evento que reuniu escolas judiciárias eleitorais
Projeto tem como foco a formação de formadores para o desenvolvimento de projetos de cidadania
A Escola Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais apresentou, durante a 19ª edição do Colégio de Dirigentes das Escolas Judiciárias Eleitorais (Codeje), em Recife (PE), um projeto modelo destinado ao desenvolvimento de ações de cidadania. O servidor Marcelo Bortolo, da Seção de Pesquisa e Cidadania da EJE-MG, explicou aos participantes como foi desenvolvida a Formação de Formadores em Ações de Cidadania (FoFo Cidadania), que tem como objetivo capacitar pessoas, especialmente o público interno da Justiça Eleitoral, para atuarem em projetos desenvolvidos e coordenados pela Escola Judiciária Eleitoral.
De acordo com Marcelo, a iniciativa pode ser desenvolvida pelas EJEs em outros estados, pois a estrutura do projeto é aplicável à realidade de toda a Justiça Eleitoral. Ele contou que foi produzido o Guia de Conteúdo para Formadores em Ação de Cidadania, além de apresentações para serem aplicados como recursos didáticos nos eventos de cidadania. “Os elementos principais são o uso de metodologias ativas e de medidas de acessibilidade, a promoção de diálogo sobre temas eleitorais, em especial, sobre a segurança do processo eletrônico de votação e o enfrentamento à desinformação”, disse.
Conheça o FOFO Cidadania.
Codeje
O encontro reuniu os dirigentes e coordenadores das escolas judiciárias dos 27 TREs e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao longo dos dias 15, 16 e 17 março. O TRE-MG foi representado pela juíza auxiliar da Presidência do Tribunal, Cristiana Martins Gualberto Ribeiro; pela diretora-Geral, Glória Araújo; pela coordenadora executiva da EJE-MG, Noriko Tsukamoto; e pelo servidor Marcelo Bortolo.
A 19ª edição do Codeje teve como tema “O papel das EJEs no fomento à diversidade na política”. Foram três dias de debates sobre o tema e também de discussões sobre boas práticas das escolas de todo o país. O evento contou com palestra do ministro do TSE Carlos Horbach, diretor da EJE do TSE, que falou da importância da diversidade na política logo na abertura do evento. O ministro ressaltou na sua fala que esta edição do Codeje fecharia um ciclo, já que o colégio foi criado em 2013, há exatamente uma década, justamente no Recife. “Começamos esta caminhada no Recife e estamos aqui hoje para celebrar o fechamento de um ciclo”, disse ele.
O Codeje também contou com exposições da advogada Gabriela Rollemberg (DF), sobre violência política de gênero e a participação da mulher na política; do instituto Enegrecer (PE), que tratou de compliance antidiscriminatório; e do Instituto Palavra Aberta (SP), sobre educação midiática.
Carta de Recife
Entre as principais deliberações do encontro, que constam na Carta do Recife divulgada no encerramento do encontro, estão:
- a priorização do Sistema EJE para execução das capacitações indicadas pelo Conselho Nacional de Justiça a partir de um modelo de implementação nacional, como correalização entre as Escolas Judiciárias Eleitorais, utilizando-se de ações autoinstrucionais e telepresenciais;
- a necessidade de reiterar o interesse das EJEs na renovação dos instrumentos de cooperação junto à Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM);
- a sugestão ao Tribunal Superior Eleitoral de que recomende aos Tribunais Regionais Eleitorais que suas respectivas Escolas Judiciárias Eleitorais disponham de ao menos um servidor ou colaborador com competências ou formação na área de pedagogia em seu quadro funcional.
A maior integração das ações entre as escolas e com outras instituições foi um dos temas principais debatidos durante o evento. Ficou também encaminhada a proposta de que a próxima edição do encontro seja no Espírito Santo.
Para acessar a íntegra da Carta do Recife, clique aqui.
Confira mais informações sobre o evento no site do TRE-PE.
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