A Central de Atendimento ao Eleitor de Contagem recebeu, na última quarta-feira (6), nove jovens de instituições de acolhimento para o alistamento eleitoral. Os adolescentes vieram de três entidades: Casa Viver Bem, Casa Aconchego e Casa Aquarela.

A ação foi uma parceria entre a Defensoria da Infância e da Juventude de Contagem e o TRE, articulada pelo defensor público Marcos Lourenço Capanema de Almeida, que também é membro substituto da Corte Eleitoral.

De acordo com ele, os jovens nessas instituições ainda estavam ausentes no processo eleitoral: “Dentro do programa de atendimento, nós providenciamos a documentação daquele adolescente, e eu reparei que sempre eles tinham a certidão de nascimento, a carteira de identidade, a carteira de trabalho, mas sem o título de eleitor”.

Pensando nisso, o convite foi feito para essas instituições, com o objetivo de dar voz aos adolescentes e promover uma maior participação deles no exercício da cidadania.

“Tanto a Defensoria Pública, quanto a Justiça Eleitoral, têm uma função, às vezes não muito conhecida, que é a função de educação em direitos para cidadania, então nós estamos aqui plantando uma semente para que no futuro nós possamos ter eleitores mais conscientes que devem participar das eleições de forma efetiva”, contou Lourenço Capanema. “Ao conversar com as assistentes sociais, as instituições e as psicólogas, eles gostaram bastante da ideia, por que isso trazia para os adolescentes o senso de responsabilidade, de pertencimento à comunidade”, completou.

Carla Sena, chefe de cartório da 91ª Zona Eleitoral de Contagem, acredita no potencial que os jovens têm na participação eleitoral: “Nós temos feito essa ação de chamar o jovem eleitor para fazer o seu título, porque estávamos com uma adesão baixa, então, a campanha da justiça eleitoral está sendo muito efetiva nesse sentido”.

Ela também destacou a importância da participação dos jovens em situação de vulnerabilidade no processo eleitoral: “É uma forma de incluir esse jovem no processo democrático, para a sociedade não os deixar na margem, então trazê-los é extremamente importante”.

Um dos adolescentes participantes enxerga a eleição como meio de mudar os rumos do país e se sente privilegiado em usar o voto como ferramenta de mudança social: “Eu agradeço por poder estar lutando pelo Brasil. Estou empolgado para ver se a gente consegue melhorar o Brasil daqui para a frente”.

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